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Ampliando Temáticas e conceitos sobre o cuidado emocional do paciente e da família em face à dramática do adoecer de câncer

São imensos os desafios do psicólogo para atuar em psico oncologia. Inicia-se com a interface no campo biológico ou com sua inserção no ambiente hospitalar e multiprofissional.    E culmina com a necessidade crescente em compreender o papel de ligação entre o somático e o psíquico, unir o objetivo ao subjetivo, a doença ao doente.  Tudo isso requer, além de  vivência, muito estudo e pesquisa. Pois se trata de uma área em desenvolvimento técnico-teórico e científico.

O espaço inaugurado no CEFAS conta com professores que apresentam uma consistente trajetória de experiências práticas e de pesquisas na área do cuidado emocional de pacientes com câncer. Trata-se de uma doença que ameaça a vida e por isso tem a potencialidade de produzir uma ruptura dramática entre o passado e o futuro de uma pessoa. Desde o início do diagnóstico, abre-se o chão, modificam-se valores e os sentidos dados a muitas experiências.  Cada pessoa, dependendo de alguns fatores, constrói ou não, defesas para reagir a essa invasão. E cabe ao profissional permitir uma abertura para acolher o sofrimento humano em sua singularidade e dominar/adaptar um tipo de intervenção terapêutica capaz de oferecer sustentação emocional.

Os dilemas da vida e da morte, muitas vezes será o pano de fundo desta prática profissional. Como é possível nos instrumentalizarmos para saber conduzir uma conversa neste campo? Quais fontes de saber deveremos buscar? E no caso da doença evoluir, ficando fora de controle, qual deve ser o tipo de acompanhamento psíquico? E aqueles que se encontram próximos da morte, à borda do infinito, sobre o que desejam falar? Este caminho a ser percorrido junto com o paciente, embora único e singular, demanda de nós o desejo genuíno de estar significativamente presente neste lugar, um relativo apaziguamento interno e uma grande preparação.

Profa. Vera Rezende

Saiba mais sobre o curso Introdução a Psico-oncologia II